A indonésia é um país periférico que se ergue hoje em dia assim como o nosso Brasilzão. Fomos, assim como eles, colonizados, explorados, massacrados, etc. Com as novas configurações pós-Guerra Fria e a queda do comunismo, nós experimentamos agora uma entrada da periferia cultural na agenda séria de discussões de eixos de consumo e produção de entretenimento. Assim como temos o nosso technomelody, os indonésios têm o Dangdut.
Ao ler essa entrada da Wikipédia sobre o Dangdut, temos a impressão que estamos lendo algo sobre o forró ou o technomelody, sintam:
O Dangdut é um gênero de música popular da Indonésia, que é parcialmente derivada da música malaia, árabe e Hindustani. Ela se desenvolveu nos anos 1960 e 1970 entre os jovens da classe operária muçulmana em Java, mas no início na década de 1990 chegou a uma ampla gama na classe mais baixa indonésia, Maláia e do sul das Filipinas.
A banda de Dangdut normalmente consiste em um vocalista, masculino ou feminino, apoiados por quatro a oito músicos. Os instrumentos geralmente incluem uma tabla, bandolim, guitarra, e sintetizadores. O termo foi ampliado a partir da música do deserto,e é um estilo para abraçar outros estilos musicais. O Dangdut moderno incorpora influências da música pop oriental, do ocidental rock, house music, hip-hop, R & B contemporâneo e reggae.
A maior expoente desse estilo, no momento, é Julia Perez. Seu som é muito parecido com o da banda AR-15, lá do Pará, e ela é muito atacada por conservadores muçulmanos (que fazem campanhas fortíssimas contra ela). Entretanto, o seu estilo de Dangdut electro-gretchen faz um enorme sucesso, junto com as dancinhas sexy e roupas ridículas à lá gaga.
We heart Julia Perez. Nós amamos sua coragem, sua sexyness, sua luta pela libertação da mulher. Amamos sua voz pequena, e amamos o fato dela vulgarizar um estilo quase caipira. Amamos ela ser uma mulher pop forte que não tem medo de ser quem é, jovem e moderna, na discussão pop mundial.